Maurício/suspeito
O diretor do sistema prisional de Parauapebas, Lucas Rabachi, e a promotora da 7ª Promotoria de Justiça Criminal, Magdalena Jaguar, esclareceram nesta terça-feira (25) que é falsa a informação de que Maurício, suspeito de matar a própria irmã, que estava grávida, e o cunhado, tenha sido espancado dentro do presídio da cidade. Segundo eles, o detento sequer chegou a ser encaminhado à unidade prisional, pois foi levado diretamente ao Hospital Municipal após sofrer uma tentativa de linchamento no momento da prisão.
Diretor do sistema prisional de Parauapebas, Lucas Rabachi.
“O Maurício nunca deu entrada no presídio de Parauapebas. Ele foi preso e imediatamente encaminhado ao hospital devido aos ferimentos. Essa informação de que ele foi agredido dentro do presídio não é verídica”, afirmou o diretor do sistema prisional.
A promotora Magdalena Jaguar também reforçou que Maurício teve uma convulsão enquanto passava por exames no Instituto Médico Legal (IML) e, por isso, precisou ser internado. “A gente conversou com o cirurgião que operou o Maurício e com a equipe do hospital. O que ocorreu foi que ele sofreu uma tentativa de linchamento antes de ser preso, teve um traumatismo e apresentou uma convulsão no IML, sendo imediatamente encaminhado para o hospital, onde passou por cirurgia”, explicou.
A promotora criticou a disseminação de informações falsas sobre o caso, alertando que isso compromete o trabalho das instituições envolvidas. “Infelizmente, algumas notícias foram divulgadas sem apuração, sem buscar a fonte oficial. Isso coloca em xeque o trabalho da Polícia Penal, da Polícia Civil e do Ministério Público, que agiram para garantir que ele fosse mantido sob custódia e protegido de qualquer nova agressão”, ressaltou.
Promotora da 7ª Promotoria de Justiça Criminal, Magdalena Jaguar
Ela também destacou que Maurício, no momento, é apenas um indiciado e que o devido processo legal será seguido. “Ele ainda não foi denunciado, e sua imagem já circula de forma irregular. Precisamos garantir que o procedimento ocorra conforme a lei, resguardando todos os direitos, inclusive a preservação da saúde do preso, que agora está sob a responsabilidade do Estado”, completou.
Maurício permanece internado sob escolta policial e deve ficar entubado por pelo menos 48 horas. O caso segue sendo acompanhado pelo Ministério Público e pelas autoridades competentes.
Reportagem/ rayane pontes