O Fórum de Mineração de Parauapebas, realizado nesta quarta-feira (19) no Centro Cultural do município, reuniu especialistas, autoridades e representantes do setor produtivo para discutir os desafios e oportunidades da mineração na região. Com auditório lotado, o evento demonstrou o interesse da comunidade no tema e reforçou a importância da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) para o desenvolvimento da cidade.
A cerimônia de abertura contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o secretário de Mineração, Energia, Ciência e Tecnologia de Parauapebas, Wallas Marques; a diretora da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Rosa Luz; o adjunto do gabinete do prefeito, Fábio Sacramento; o gerente regional da Agência Nacional de Mineração (ANM), Hugo Paiva; o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará (FACIAP), Leonardo Pinheiro; o presidente da Câmara Municipal de Parauapebas, Anderson Moratório; e o vereador Alex Ohana.
Durante os debates, Anderson Santos, gerente executivo do Instituto Brasileiro de Mineração na Amazônia (IBRAM), ressaltou a relevância de Parauapebas no cenário mineral nacional e a necessidade de estratégias que ampliem os benefícios da atividade. “A mineração tem papel fundamental na economia da cidade. Precisamos garantir que seu impacto seja cada vez mais positivo”, afirmou.
A CFEM foi um dos principais temas abordados, sendo destacada como um dos maiores mecanismos de arrecadação dos municípios mineradores. Hugo Paiva e Rafael Porto, da ANM, explicaram os procedimentos de arrecadação, fiscalização e destinação dos recursos, ressaltando a necessidade de uma gestão eficiente para garantir investimentos em infraestrutura e qualidade de vida da população.
O adjunto do gabinete do prefeito, Fábio Sacramento, enfatizou a importância do fórum para conscientizar a população sobre a relevância da mineração para a economia local. “Precisamos trabalhar com mais transparência e mostrar como as empresas mineradoras impactam diretamente nosso município. A mineração é o principal setor econômico de Parauapebas, e discutir sua gestão é fundamental”, disse.
O secretário Wallas Marques reforçou que o debate sobre a mineração deve ir além dos aspectos econômicos e considerar também as dimensões sociais e ambientais. “A CFEM não pode ser vista apenas como um royalty. Ela é um recurso essencial para o desenvolvimento da cidade, e sua gestão precisa ser feita com consciência e responsabilidade”, destacou.
O papel da CFEM na educação e na pesquisa científica também foi debatido. Representantes de instituições como o Instituto Federal do Pará (IFPA), a Universidade do Estado do Pará (UEPA) e a UFRA apresentaram iniciativas que utilizam esses recursos para fomentar inovação e capacitação, beneficiando tanto os estudantes quanto o crescimento tecnológico da cidade.
O evento reforçou a importância do diálogo entre o poder público, o setor empresarial e a sociedade civil para garantir o uso eficiente e transparente dos recursos da mineração. A expectativa é que, a partir dessas discussões, Parauapebas se consolide ainda mais como referência na gestão sustentável e responsável dos royalties minerais.
