Rafael Silva Pereira, apontado como líder do grupo conhecido como “Governo do Rafa”, se apresentou espontaneamente na Delegacia de Polícia Civil de Parauapebas na tarde deste sábado (12), acompanhado por seu advogado, Weverton Lima. Ele é investigado por comandar um esquema milionário de pirâmide financeira na cidade.
Rafael
A prisão preventiva de Rafael foi decretada pela 2ª Vara Criminal de Parauapebas na sexta-feira (11), com base em indícios de continuidade delitiva, risco de coação de testemunhas, ocultação de provas e movimentações financeiras suspeitas. Outros oito investigados também tiveram mandados expedidos.
Gleice Martins Feitosa
João Paulo da Silva
Durante a operação, batizada de “Pirâmide na Areia”, a polícia prendeu Gleice Martins Feitosa conhecida como “Manga Rosa” e ex-candidata a vereadora em Parauapebas, e João Paulo da Silva, capturado em Eldorado do Carajás. Os demais suspeitos seguem sendo monitorados.
Delegado Gabriel Henrique
Segundo o delegado Gabriel Henrique, responsável pelo caso, o grupo atraía vítimas com promessas de retorno financeiro dobrado sobre os valores investidos.
“O modelo dependia da entrada constante de novos investidores. Quando o fluxo cessou, o esquema ruiu”, afirmou.
Contas bancárias ligadas aos investigados foram bloqueadas, e o rastreamento de ativos financeiros segue em andamento. Parte dos envolvidos já havia deixado a cidade antes da deflagração da operação, o que, segundo a polícia, pode indicar tentativa de fuga.
Advogado Weverton Lima
O advogado Weverton Lima explicou que Rafael decidiu colaborar com a Justiça assim que soube do mandado.
“A família me procurou após tomar conhecimento da decisão judicial. Conseguimos contato com Rafael, que prontamente se colocou à disposição para prestar os esclarecimentos necessários. Ele relatou que também foi lesado por terceiros e, após o bloqueio das contas, ficou impossibilitado de cumprir os compromissos assumidos. Agora está à disposição da Justiça e responderá ao processo”, afirmou o advogado.
Antes de ser recolhido, Rafael gravou uma breve declaração:
“Vim aqui ficar à disposição da Justiça. Minha intenção sempre foi a melhor. Em breve, em nome de Jesus, espero sair e dar uma satisfação a todos vocês.”
A Polícia Civil reforça o pedido para que vítimas do esquema compareçam à delegacia ou façam o registro via Delegacia Virtual. As investigações continuam.
O espaço segue aberto para manifestação dos citados ou de seus representantes legais.
